10/09/2013

Sociedade Fabiana

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Sociedade Fabiana

(Socialismo fabiano)


«Remodelar mais perto do desejo do coração».

«Rezai fervorosamente [ao socialismo], martelai vigorosamente [o mundo]».

(Frases escritas no vitral da sede da Sociedade Fabiana, em Londres)


Organização socialista britânica, fundada no ano de 1884 por Sydney Webb, Beatrice Webb, H. G. Wells, George Bernard Shaw, Margaret Sanger, Graham Wallas, Bertrand Russell, Edward R. Pease, Arnold Toynbee, etc., no seguimento das teorias coletivistas de John Ruskin.

É formada por intelectuais, escritores, cientistas e políticos. Estes negam a necessidade da revolução violenta de Karl Marx. Defendem que a via para o socialismo deve ser lenta, através de pequenas reformas e de mudanças na sociedade (engenharia social). Segundo eles, o socialismo deve ser implantado por meio de programas de educação e de propagação da ideologia. Difundem as suas ideias por meio de panfletos, periódicos, livros, conferências, cursos, grupos de discussão, reuniões, palestras, etc..

A sua estratégia essencial é a de infiltrar os seus agentes nos centros de poder, a fim de controlar e dominar a sociedade (partidos políticos, grandes fundações, comunicação social, instituições educativas, organizações cívicas, instituições financeiras, empresas industriais, sindicatos, organizações eclesiásticas, etc.), com vista ao gradual estabelecimento de um Governo mundial baseado no modelo coletivista e de uma nova ordem mundial.

O seu emblema é a tartaruga (pela lentidão em chegar ao destino). O seu escudo oficial contém a imagem de um lobo com pele de cordeiro.

A ação do socialismo fabiano inclui a organização do Partido Trabalhista, a Internacional Socialista, as Nações Unidas (ONU), a criação de uma sociedade secreta por Cecil Rhodes, o Conselho das Relações Exteriores (CFR), a Faculdade de Economia e Ciência Política de Londres (London School of Economics and Political Science), etc..

Afirmações significativas

«Um socialismo democrático, controlado por maioria de votos, guiado por números, nunca pode ter sucesso; um socialismo verdadeiramente aristocrático, controlado pelo dever, guiado pela sabedoria, é o próximo passo para cima na civilização.»

(Annie Besant, membro da Sociedade Fabiana)

Governo mundial (uma nova «religião mundial»)

«O objetivo final dos partidos da Internacional Socialista é nada menos que o Governo mundial. Como um primeiro passo em direção a ele, eles procuram fortalecer as Nações Unidas.»

(O mundo de hoje: a perspetiva socialista, Declaração da Conferência de Oslo da Internacional Socialista, 2-4/6/1962)

«Para nós, o Governo mundial é o objetivo final — e as Nações Unidas são o instrumento escolhido pelo qual o mundo se pode afastar da anarquia do poder político rumo à criação de uma comunidade genuinamente global e ao império da lei.»

(A Nova Grã-Bretanha, Manifesto Eleitoral de 1964 do Partido Trabalhista)

«O caráter da conspiração aberta agora será claramente demonstrado. Ela tornar-se-á um grande movimento mundial, tão disseminado e evidente quanto o socialismo e o comunismo. Tomará o lugar desses movimentos quase completamente. Será algo mais: será uma religião mundial. Essa grande e ampla massa assimiladora de grupos e sociedades estará definitiva e obviamente tentando engolir toda a população do mundo e tornar-se-á a nova comunidade humana.»

(H. G. Wells, Conspiração aberta: Modelos para uma revolução mundial)

«O nosso verdadeiro Estado, o Estado que já começa a existir, o Estado a que todos os homens e cada homem devem dar o seu supremo esforço político, deve ser agora esse nascente Estado Universal Federal para que apontam as necessidades humanas.»

(H. G. Wells, História Universal, vol. III)

Controlo populacional

«Não quero dizer que o controlo de natalidade seja a única maneira pela qual a população pode ser contida. Existem outras, as quais, devemos supor, os oponentes do controlo de natalidade prefeririam. A guerra, como disse há pouco, tem até agora sido dececionante nesta questão, mas talvez a guerra bacteriológica possa provar ser mais eficaz. Se uma peste negra se pudesse espalhar pelo mundo uma vez a cada geração, então os sobreviventes poderiam procriar livremente sem encher demais o mundo. Não há nada nisto que ofenda as consciências dos devotos ou que restrinja as ambições dos nacionalistas. O estado de coisas pode ser um pouco desagradável, mas, e daí? As pessoas de mente elevada são indiferentes à felicidade, especialmente à felicidade dos outros. (…)

A necessidade de um Governo mundial, se quisermos resolver o problema da população de uma forma humana, é completamente evidente com base nos princípios darwinistas.»

(Bertrand Russell, O impacto da ciência na história)

«Acredito que, devido à insensatez humana, um Governo mundial será estabelecido apenas pela força e será, portanto, cruel e despótico no início. Mas, acredito que isso seja necessário para a preservação de uma civilização científica e que, se realizado, gradualmente dará lugar a outras condições toleráveis de existência.

(…) A fisiologia descobrirá, com o tempo, maneiras de controlar as emoções, do que é difícil de duvidar. Quando esse dia chegar, teremos as emoções desejadas pelos nossos líderes, e o principal objetivo da educação fundamental será produzir a disposição desejada... O homem que administrar esse sistema terá um poder muito além dos sonhos dos jesuítas...»

(Bertrand Russell, O futuro da ciência)

«As ideias fundamentais do comunismo não são de forma alguma impraticáveis, e contribuiriam muito, se realizadas, para o bem-estar da humanidade.»

(Bertrand Russell, A prática e a teoria do bolchevismo)

Defesa do abate das pessoas não suficientemente produtivas

«Vocês devem todos conhecer meia dúzia de pessoas, pelo menos, que não servem neste mundo, que são mais um problema do que aquilo que valem.

Basta colocá-los lá e dizer: 'Senhor, ou senhora, agora vai ser bom o suficiente para justificar a sua existência? Se não pode justificar a sua existência, se não está a puxar o seu peso no barco social, se não está a produzir tanto quanto consome, ou talvez um pouco mais, então, claramente, não podemos usar as organizações da nossa sociedade com o objetivo de o manter vivo, porque a sua vida não nos beneficia e não pode ser de muito uso para si mesmo.'»

(George Bernard Shaw, in A História Soviética, documentário de Edvins Šnore)

«Apelo aos químicos para que descubram um gaz humano que mate instantaneamente e sem dor. Mortal em todo o sentido, mas humanamente, não cruel.»

(George Bernard Shaw, in Listener, 7/2/1934)


Ver vitral da Sociedade Fabiana

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